Primeiras Impressões: de Blindspot
Desde o seu anuncio, a série de TV Blindspot aguçou a curiosidade de muitos espectadores que contaram os dias para a sua estreia. Ouso dizer que ela se tornou rapidamente uma das novas séries mais esperadas para este ano. Prometendo uma mistura de drama, ação e suspense, o show criado por Martin Gero e protagonizado por Jaimie Alexander e Sulliavan Stapleton alcançou em poucas semanas bons índices de audiência e boas críticas, fazendo com que a NBC não pensasse duas vezes antes de anunciar que haviam encomendado uma temporada completa.
A série gira em torno de uma mulher (Jaimie Alexander) que é encontrada completamente sem memória em uma bolsa no meio da Times Square, em Nova York, com o seu corpo completamente coberto de tatuagens recentes. O nome do Agente do FBI, Kurt Weller (Sulliavan Stapleton), está tatuado em suas costas, e é assim que ele se vê envolvido com a mulher que todos na agencia começam a chamar de Jane Doe. No entanto, logo os especialistas forenses do FBI descobrem que as tatuagens são na verdade pistas para crimes que devem ser solucionados antes que muitas vidas sejam perdidas.
Uma das coisas mais interessantes sobre a nova aposta da NBC é seu ritmo acelerado até mesmo no primeiro episódio. Há pouco espaço pra introduções reais. Nós temos essa mulher completamente sem memória, mas muito bem treinada, e todos os outros personagens ao seu redor apenas interessados em encontrar uma explicação para toda aquela loucura. Os roteiristas escolheram o caminho não usual, jogou para os espectadores apenas o necessário para satisfazer a curiosidade no momento, não comprometendo a trama e com certeza se certificando que o público continuasse ali na semana seguinte. E deu certo.
E se você pensa que Blindspot é uma série de apenas dois personagens, está enganado. Logo de início percebemos uma rede intrincada de intrigas e suspense que vai conectando o enredo principal a outros pequenos enredos para cada um dos personagens secundários, como por exemplo Bethany Mayfair (Marianne Jean-Baptiste), diretora assistente do FBI que está diretamente ligada a uma das tatuagens, mesmo que ainda nãoo saibamos o seu significado.
Outro ponto positivo para a série, é que não demoramos a descobrir quem na verdade é Jane Doe, e como ela está relacionada com Weller. Tudo aparentemente está conectado com o passado do rapaz, e no terceiro episódio conseguimos entender o porquê. No entanto, estamos falando de uma série que desde o primeiro momento mostrou saber fazer bom uso de reviravoltas, então, logo os roteiristas nos fazem duvidar da veracidade da identidade de Jane, o que abre espaço pra novas questões que serão tratadas a partir do quinto episódio.
Sem dúvida Blindspot é uma série com um futuro promissor e que pode durar muito no canal. Os personagens são completamente bem estruturados, com seus dramas internos bem moldados e sendo interpretados por atores que de forma certa os fazem se encaixar no enredo. Mas até agora estou esperando a série sair da sua zona de conforto e por assim dizer mostrar o seu gingado único. O show pode ser bem escrito, ter atores com interpretações cativantes, mas estou sentindo falta de características que transforme ela em algo memorável, porque sem dúvida alguma, há um grande potencial ali. Por outro lado, posso estar pedindo demais pelo seu pouco tempo no ar. Ainda há muito por vir, muito a ser desbravado, e o que realmente vale no momento é que o show está no caminho certo para ser uma daqueles que deixam o público sem fôlego.
Primeiras Impressões: de Blindspot
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novembro 25, 2017
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