Crítica de Death Note de Netflix
No meio de tantas adaptações de games e livros, ao longo dos últimos anos os animes também começaram a ganhar suas versões em hollywood. Contudo, os seus caminhos nunca foram fáceis. Ano após ano erros eram cometidos em suas versões, colecionando assim grandes fracassos. Mas é claro, novas versões também seguem surgindo com o passar do tempo. E agora, após anos tentando sair do papel, tendo inclusive enfrentado uma troca de estúdios, chegou a vez de Death Note.
Na trama, o jovem Light Turner (Nat Wolff) é um estudante brilhante que acaba encontrando de forma misteriosa o Death Note. Contudo, logo ele descobra que o caderno está ligado ao deus da morte chamado Ryuk (Willem Dafoe). Após um encontro com o mesmo, Light logo toma conhecimento dos poderes que tem em mãos. Existem algumas regras para o seu uso, mas a principal delas é simples: ao adicionar o nome de pessoas no caderno, elas acabam morrendo. E com isso, ele então decide rapidamente começar a se livrar de criminosos. Contudo, seus atos acabam despertando a atenção da polícia e o jovem acaba se envolvendo no meio de uma grande perseguição.
Ao longo dos últimos anos, possivelmente Death Note tem sido um dos títulos mais admirados pelos fãs de animes. Com uma história elaborante, o mesmo acabou conquistando uma legião de fãs e fama. Contudo, sua adaptação hollywoodiana está longe de alcançar tal feito. E neste caso não é apenas por conta de diferenças, mas sim desenvolvimento. A construção da sua trama é rasa, não conseguindo se aprofundar em diversos pontos envolvendo os seus personagens e falhando em criar uma conexão com o espectador.
E com as mudanças já sendo motivo para fãs torcerem o nariz por conta do histórico das adaptações, tudo ainda piorou com esses fatos. A trama em si, para se ter uma ideia, nem mesmo consegue acrescentar uma profundidade aos personagens. Não temos questões ao fundo envolvendo os mesmos, soando como se fosse apenas um jovem adolescente revoltado com um caderno que pode matar nas mãos. Até mesmo a sua abordagem com um interesse amoroso falha, distanciando ainda mais sua trama da audiência.
As atuações são outro ponto falho, com Natt Wolf entregando algo digno de se envergonhar. E não é pela aparência, mas sim pelo fato de que sua atuação não consegue nem ao mesmo criar uma pequena chama para envolver o público. Se não bastasse, ainda temos Margaret Qualley como a namorada chata que atende pelo nome de Mia. E isso se repete com quase todos os outros personagens do projeto.
A única exceção é Ryuk, que é feito por computação gráfica e interpretado por Willem Dafoe. Este sim está interessante, conseguindo ser o único que desperta algum interesse e a torcida para que mate todos os outros personagens rapidamente. No fim das contas, Death note acaba se mostrando que não deveria mesmo ter saído do papel. Ou se tivesse, talvez a melhor saída fosse uma adaptação como série. Não está claro se foram remendos, ou a mania de hollywood de inventar coisas. Contudo, o certo é que tudo deu errado através de muitos aspectos, incluindo até mesmo a premissa básica da trama envolvendo o tal caderno amaldiçoado.
Como dica fica apenas uma: assistir ao anime e ser feliz.
NOTA DA CRÍTICA: (Ruim)
Crítica de Death Note de Netflix
Reviewed by Unknown
on
novembro 25, 2017
Rating:
Nenhum comentário: